28.11.08

A Minha Infância nas palavras Dela


"Lembro-me das flores do quintal.

Lembro-me da mudança sazonal das cores, da geometria dos canteiros
e de usarmos essas flores nas nossa poções mágicas das mais diversas cores.
Lembro-me das exploraçõess aos telhados,
terrenos perigosos e conquistados com esforço
e acima de tudo a certeza de que os graúdos nunca nos encontrariam...
Lembro-me das casas feitas com restos de mobília,
verdadeiras peças de equilíbrio forçado
e aquele sentimento de pertença e satisfação.
Lembro-me do quarto dos fundos,
um mundo de plasticina recheado de lugares e personagens fantásticos
e onde dávamos azo à nossa imaginação infantil...
Lembro-me dos 'cocktails' elaborados à base dos produtos disponíveis (e duvidosos)
e da curiosidade em experimentar novos limites...
Lembro-me das frutas disponíveis ao sabor da vontade,
das maças verdes com tratamento, das ameixas, abrunhos, figos e nesperas
e do sabor que nos deixavam na boca.
Lembro-me da piscina,
esse elemento fundamental da nossa juventude
onde aprendemos a sobreviver aos jogos do tubarão e a saltar o salto 'de anjo'.
Lembro-me dos diversos esconderijos, da estufa, do anexo,
e de todos esses lugares que desapareceram na memória do tempo,
porque por força do destino crescemos.
E onde agora só os encontramos num cantinho de nós...
Mas eu ainda me lembro das flores desse quintal."

Nas palavras da prima Ervilha

Tivemos a melhor infância do mundo.

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