25.6.08

Privacidades Públicas

É incrível a quantidade de informação que disponibilizamos no maravilhoso mundo virtual, inconscientes (ou não) de que a estamos, efectivamente, a DISPONIBILIZAR tudo e mais alguma coisa.

Basta inserir um nome, o nome, aquele/a sobre quem queremos saber tudo e, sem mais nada, ouvimos as suas músicas favoritas (que sabemos ter ouvido nas últimas 3 horas e um minuto), sabemos que adora vinho tinto e fazer amor, sabemos quem lhe partiu o coração, quem são os seus amigos, conhecidos ou não tanto.

Sabemos que notas teve, que chumbou a Física a 14 de Julho de 2004, mas que em 2008 já trabalha, sabemos o nome do pai, o nome da mãe, o mês em que o puseram no mundo, sabemos, sabemos tudo.

Vemos a sua cara, vemos as fotos que tirou naquelas fantásticas férias em Budapeste, vemos a gata, vemos o periquito, vemos a avó na terra, sentada no pátio a descascar feijão verde - quando a conhecermos já vamos saber que descasca feijão verde no pátio.

Vemos, lemos e sabemos tudo.

E que pergunto, não custa despirmo-nos de privacidades no seio do virtual, no entanto, emparedamos o coração na realidade.... estaremos loucos ?

Enfim.

Cuidado com o que colocam na net.

Pode estar algum doido de amor do outro lado a ouvir as vossas músicas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Impressionante estas novas tecnologias que nos permitem uma pseudo-manuntencao das relacoes pessoais sem termos de sofrer com as flutuacoes humoristicas do ser ou sequer investir num qualquer tipo de contacto humano...
Dito isto, eu nao deixo de ir ao meu Hi5 and facebook quanto tenho tempo para ver as ultimas novidades dos meus 'amigos'... Sera o reflexo de uma sociedade fragmentada?
Enfim.